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Aissa com 5 anos |
Quando decidimos ficar grávidos já tínhamos 1 ano de
casados. Como vocês podem imaginar, eu sofria de asma. Depois de 1 ano e meio
de tentativas ( e muitos gastos com teste de gravidez de farmácia a cada atraso
de 1 dia kkkkk), finalmente nosso sonhado positivo chegou, quanta alegria,
lembro-me que estava viajando em
congresso, estava em Recife e, como esperava estar menstruada no período, nem
levei biquíni. Para minha surpresa, nada
de menstruação chegar. Lembro que meu chefe também estava participando do
congresso, resolvi comprar um teste de gravidez de farmácia, junto com minha
amiga Emília, mas estava morrendo de vergonha de comprar na frente do meu chefe
kkkkkk, mas a vontade falou maior que a vergonha e comprei. No quarto do hotel
fui correndo fazer xixi para o exame, e que surpresa maravilhosa ver aquela
segunda linha surgindo na fitinha, Emília e eu nos abraçamos e pulamos de
alegria, quase achei que iria explodir de tanta emoção. Ai já tinha certeza que
teria uma princesinha.Quando cheguei em Salvador, contei logo ao meu marido e
comprei uma cestinha , uma bonequinha com bolsa e escrevi uma carta para vovó
avisando que chegaria, escolhi o nome Samara, depois de pesquisar o significado
dos nomes.
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Mensagem da chegada de Aissa para vovó |
Mas, junto com tanta alegria vieram às crises de asma com maior freqüência. Algumas mulheres asmáticas durante a gravidez deixam de ter crises, outras pioram as crises. Infelizmente eu fiz parte do segundo grupo, e logo no segundo mês precisei ficar afastada por 15 dias devido a crise de asma, recordo que saímos de Salvador, fomos para Salinas das Margaridas. Tinha que tomar nebulização quatro vezes por dia, fora a medicação oral. Sem falar na azia que chegada a doer quando respirava, era uma cartela de antiácidos por dia, podem acreditar (até hoje não suporto nem pensar naquelas pastilhas rsrsrsrs). Apesar de estar em um lugar tão bonito, quando amanhecia que via aquele sol, tanto calor, eu ficava angustiada, aquela falta de ar insuportável que não cedia a nada.
A gravidez foi avançando, eu sendo acompanhada pela obstetra
(Drª Sandra) e por meu pneumologista (Dr. Bruno, médico maravilhoso), todo mês tinha que ir a estes dois especialistas.
As crises aumentando, meu pneumologista tentando controlar aumentando o uso de corticoides inalatórios.Eu não conseguia nem falar uma frase completa, não tinha
fôlego suficiente para isso, andar neste calor de Salvador, em pleno verão, era um suplicio pois engravidei em setembro e foi todo verão nesta angustia. Não adiantava ir a emergência porque quando chegava lá os médicos não sabiam como medicar uma gravida asmática em crise e só me passavam nebulização, usei muito corticoide durante a gravidez.Tinha muito refluxo e meu pneumologista desconfiava que esse refluxo pudesse estar ajudando a ter mais crises de asma, mas minha ginecologista não autorizou tomar medicação para tratar o refluxo.
Ainda assim era maravilhoso poder ver minha princesinha a cada ultrassom, senti-la crescendo e se mexendo, era maravilhoso. Eu mantinha o sonho de ter um parto normal, porque minha mãe não teve problemas com o parto, eu nasci em casa com parteira, meu irmão nasceu na ambulância, eram partos rápidos e eu tinha esperança de também ter um parto normal e rápido.
Foi um período de estar de tempo em tempo afastada do
trabalho devido às crises de asma, vários momentos que eu não conseguia
respirar, era um misto de alegria e angústia, chorei varias vezes porque não
estava mais aguentando, tudo ficava mais difícil, andar, respirar, falar. Com
cinco meses fiz a ultrassom morfológica, e meu marido todo feliz pôde ter
certeza que teríamos uma princesinha(o que eu já sabia a muito tempo), como eu já havia dito, neste momento ele
começou a procurar um nome pra ela e escolheu Aissa. Apesar de Samara ter sido
escolhido primeiro achei mais bonito ficar Aissa Samara.
Com mais ou menos 35 semanas meu pneumologista me deu um
relatório para entregar à obstetra sugerindo a cesariana, pois ele disse
que eu não teria forças para um parto normal devido à falta de ar, eu não conseguiria fazer o bb nascer. Como eu
ainda tinha esperança de melhorar das crises de asma, fiquei com o relatório e
não entreguei a minha medica. De fato Dr. Bruno tinha razão, ele estava me acompanhando a um bom tempo e viu que mesmo com tantos medicamentos a crise não cessava, correria risco tanto Aissa quanto eu se eu tentasse um parto normal, infelizmente não entendi bem isso neste momento,ele até me deu o telefone dele e da equipe para ligar assim que me internasse para parir, pois eles tinha que me acompanhar também no internamento.
Bem, com 38 semanas e 1 dia fiz uma ultrassom de
acompanhamento e pra minha surpresa e tristeza o medico da ultrassom me chamou
e falou que eu tinha perdido liquido (até hoje não sei como, porque não percebi a perda de liquido em momento algum), Aissa tinha diminuído o ritmo de desenvolvimento
e era muito arriscado aguardar um parto normal, ( me lembro de ter entrado no
banheiro e chorado porque eu não queria uma cesárea, mas agora minha filha
também estava correndo risco)no dia seguinte fui para a obstetra levando o
laudo da ultrassom e, então, decidi entregar o
relatório do pneumologista.Fui apenas com a ultrassom e a bolsa e de chinelo,
para minha surpresa ela preencheu o pedido de internamento e eu fui internada,
a equipe de pneumologia foi acionada e fizeram o meu acompanham também .Estava
muito emocionada porque eu não esperava ficar internada, muito menos ter minha
filha naquele dia,e meu marido muito nervoso, até suava.
Como não tinha levado nada, meu marido que levou e terminou de arrumar a bolsa que eu havia deixado meio arrumada porque eu achava que Aissa iria nascer com 40 semanas( mãe de primeira viagem kkkk), até no dia da alta meu marido ainda levava coisa pro hospital kkkkk
Como não tinha levado nada, meu marido que levou e terminou de arrumar a bolsa que eu havia deixado meio arrumada porque eu achava que Aissa iria nascer com 40 semanas( mãe de primeira viagem kkkk), até no dia da alta meu marido ainda levava coisa pro hospital kkkkk
Quando fui levada para o centro cirúrgico tive que esperar
mais tempo porque havia uma grávida de alto risco que a bolsa tinha acabado de
estourar e ela teve que entrar em minha frente, enquanto isso aguardava e
cantava pra Aissa, a minha sensação era de que eu era a pessoa mais especial do
mundo, como se estivesse ganhando o Oscar, muito bom mesmo e ás 20:36 do dia 02
de junho de 2006 minha princesa brilhou mais ainda em minha vida. Graças a Deus
ela não tem asma, é muito inteligente e linda também. Logo após o parto as
crises de asma reduziram.
Agradeço ao meu Deus porque tudo acabou dando certo e hoje minha princesinha já esta com 7 aninhos e o caçulinha Victor Gabriel com 3 aninhos ( pois é, apesar das dificuldades tive um 2º filho, mas esta história fica pra depois em outro poster)
Se você é asmática, não se preocupe porque, felizmente, hoje existem muitos medicamentos que podem ajudar e fazer passar melhor esta fase (graças a eles minha 2ª gravidez foi bem melhor que esta). Tendo um bom acompanhamento e tomando os remédios tudo dará certo, até porque cada pessoa terá sua própria resposta do organismo. Minha segunda gravidez foi bem melhor graças a estes medicamentos.
Agradeço ao meu Deus porque tudo acabou dando certo e hoje minha princesinha já esta com 7 aninhos e o caçulinha Victor Gabriel com 3 aninhos ( pois é, apesar das dificuldades tive um 2º filho, mas esta história fica pra depois em outro poster)
Se você é asmática, não se preocupe porque, felizmente, hoje existem muitos medicamentos que podem ajudar e fazer passar melhor esta fase (graças a eles minha 2ª gravidez foi bem melhor que esta). Tendo um bom acompanhamento e tomando os remédios tudo dará certo, até porque cada pessoa terá sua própria resposta do organismo. Minha segunda gravidez foi bem melhor graças a estes medicamentos.
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Aissa no dia do nascimento |
Obrigado Senhor
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Aissa com mamãe Josilda |
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Aissa com papai Beck |
Nossa família com mamãe Josilda, papai Beck e nossa riqueza Aissa Samara e Victor Gabriel |
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